segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Um rio que corre no deserto

Fazer muito às vezes implica em recolher-se e colocar-se em oração, 
provar antes do horto ao invés da consolação. 
Ser feliz está muito além do que ter um sorriso nos lábios, 
é consequência de uma vida ao lado de Deus,  empenhada no 
serviço ao próximo. 

Amar é intensificar o empenho em ser melhor e transformar 
as margens, adentrar as moradas e desvendar os segredos 
do grande castelo e conhecer cada vez mais o Rei que em seu 
interior habita.

Esquecer não é perdoar, tampouco abrir mão das feridas que
foram causadas ao longo do tempo... 
Agora perdoar sim, com certeza, é render-se e não esquecer a filiação 
divina, é crer que vale mais à pena a misericórdia do que o julgamento. 
Crescer implica renúncia, perca de si e muitas vezes uma grande
revolta, um sentimento de incompreensão e uma secura, um deserto
interior. 

Amadurecer é conseguir olhar para o deserto e ver que mesmo em meio
às tantas imperfeições, Deus não desiste de confiar sempre mais e de 
manter viva a nascente que corre em meio a este deserto. 

Esse rio que corre, transpassa o nosso santuário, gera vida e não cessa, 
é consolo para os que sofrem, refúgio para os que naufragam, é sempre
nascente, sempre vivo, pois é o próprio Espírito que orienta o curso de 
sua água, esse rio que corre, sou eu,  é você! A água sempre nascente 
é a misericórdia divina, que inunda vidas, transborda amor e é frescor 
para as almas que vagam pelos desertos. 

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